""Eu jogo meu quebra-cabeça tentando encaixar minhas palavras. Nessa mistura de sentimentos é difícil acertar as que traduzem essa confusão. Procuro em músicas decifrar o que eu sinto, mas ainda não escreveram uma que fale sobre isso tudo. Esses sentimentos espalhados, igual peças de quebra-cabeça, precisam tomar uma forma que faça sentindo. Estão espalhados como no nível expert. Sentimentos perdidos, picados pelo tempo. Nem me lembro mais como eles eram antes de serem esparramadas.
Um dia, alguém aí conseguiu montar esse quebra-cabeça comigo, mas como uma criança mimada, por puro capricho, destruiu tudo. Todo o esforço de anos foram jogados fora. Picou meus sentimentos de novo, jogou ao vento e disse: "Vai! Mas vai como eu te conheci: perdida". E eu realmente fui, juntei minhas pecinhas, guardei num canto e fui viver. Muitos perceberam a confusão que eu estava vivendo, falando coisas sem sentindo. Mas pensei... Quer saber, dessa vez vai ser diferente. Quem Vai juntar esse sentimentos e jogar esse quebra-cabeça sou eu mesma. E desde então tenho trabalhado bastante. Tenho escrito muito, separado as peças uma a uma. Joguei fora muitas que só se encaixavam na forma velha. E aos poucos vou construindo esses sentimentos novamente. E sabe qual a vantagem disso? Que ninguém vai poder desfazer meu quebra-cabeça novamente, porque as peças que coloquei dessa vez que são fixas, coladas com super bonder pra me proteger. Ainda existe muito espaço sobrando. E quando digo espaço me refiro às confusões que tenho. Mas espero que um dia alguém me ajude a completar esse jogo, trazendo as peças que faltam e a cola. Porque pra colocar a mão no meu quebra-cabeça, só se prometer que vai colar as suas peças com as minhas, os seus sentimentos com os meus, definitivamente e pra sempre!"
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